Diagnóstico do Câncer de Bexiga: Como é Feito e Quais Exames São Usados?

Dr. Alexandre Sato 15 Maio

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Médico Especialista

O câncer de bexiga pode ser difícil de detectar nas fases iniciais, pois os sintomas, como sangue na urina e dor ao urinar, também podem ser causados por outras condições, como infecções urinárias ou cálculos renais. No entanto, assim que um paciente apresenta esses sinais, o médico urologista realizará uma avaliação detalhada e solicitará exames específicos.

O diagnóstico envolve a análise clínica, seguida de exames laboratoriais e de imagem, com a cistoscopia sendo o procedimento padrão para confirmação da doença.

 Exames utilizados no diagnóstico do câncer de bexiga

1. Exame de Urina (Citologia Oncótica)
Um dos primeiros exames que pode ser solicitado é a citologia oncótica urinária, que envolve a análise das células da urina. Embora não seja 100% precisa, esse exame pode identificar células cancerígenas ou anormais que indicam a presença de câncer na bexiga.
 Importante: A citologia urinária pode ter falsos negativos, o que significa que o câncer pode estar presente, mas não ser detectado. (principalmente nas lesões de baixo grau ).

2. Exames de Imagem
Exames de imagem são importantes para verificar o tamanho e a extensão do câncer de bexiga. Os exames mais comuns incluem:
•    Ultrassonografia: Pode ser usada para observar a bexiga e os rins. Embora não ofereça imagens tão detalhadas quanto outros exames, é um bom exame inicial.
•    Tomografia Computadorizada (TC): A tomografia fornece imagens detalhadas da bexiga e dos órgãos ao redor, permitindo ao médico avaliar a propagação do câncer.
•    Ressonância Magnética (RM): A ressonância magnética é usada para avaliar a profundidade do tumor na parede da bexiga.

3. Cistoscopia
A cistoscopia é o exame padrão-ouro para diagnosticar o câncer de bexiga. Durante o procedimento, um tubo fino e flexível com uma câmera (cistoscópio) é inserido pela uretra até a bexiga, permitindo ao médico visualizar diretamente a parede da bexiga. Se forem encontradas áreas suspeitas, o médico pode realizar uma biópsia, retirando uma amostra de tecido para análise.

 Estadiamento do Câncer de Bexiga

Após a confirmação do diagnóstico, é fundamental estadiar o câncer para entender sua extensão e determinar o melhor plano de tratamento. O estadiamento geralmente inclui a combinação de exames de imagem e biópsias.

Os exames que podem ser realizado para estadiamento local :
•    Ressonância Magnética da Pelve

Os exames solicitados para estadiamento à distância podem ser: 
•    Tomografia de Tórax 
•    PET-CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons): Em alguns casos, especialmente se houver suspeita de metástases, o PET-CT pode ser solicitado para avaliar a disseminação da doença pelo corpo.

O sistema de estadiamento mais comum é o TNM, que classifica o câncer de bexiga de acordo com:
•    T (tumor): O tamanho do tumor e a invasão de tecidos próximos.
•    N (nódulos linfáticos): Se o câncer se espalhou para os linfonodos próximos.
•    M (metástases): Se o câncer se espalhou para outras partes do corpo.

 Quando procurar um médico?

Se você apresentar sintomas como sangue na urina, dor ao urinar ou vontade frequente de urinar, é fundamental procurar um médico urologista. O diagnóstico precoce é crucial para o sucesso do tratamento e a melhoria das chances de cura.
Através de uma combinação de exames clínicos e laboratoriais, é possível detectar o câncer de bexiga em estágios iniciais, aumentando consideravelmente as possibilidades de tratamento eficaz.

 Conclusão: A Importância do Diagnóstico Precoce

O diagnóstico precoce do câncer de bexiga é essencial para garantir o sucesso do tratamento. Os exames como a cistoscopia, citologia urinária e tomografia são fundamentais para detectar a doença, estadiá-la e planejar o tratamento adequado.
Não ignore sinais como sangue na urina ou dor ao urinar. Caso você perceba qualquer anormalidade, procure um médico urologista imediatamente para realização dos exames necessários. Quanto mais cedo o câncer for diagnosticado, maiores as chances de cura e menores as intervenções necessárias.