Terapias Ablativas para Câncer Renal: Uma Alternativa Minimamente Invasiva

Dr. Alexandre Sato 16 Abril

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Médico Especialista

O câncer renal é um tipo de tumor que se desenvolve nos rins e, dependendo do estágio e das características da doença, pode ser tratado com diferentes abordagens. Entre essas opções, as terapias ablativas estão ganhando destaque como uma alternativa menos invasiva em comparação às cirurgias tradicionais, especialmente para pacientes que não podem passar por procedimentos mais agressivos. Neste artigo, você vai entender como essas terapias funcionam, para quem são indicadas e seus benefícios.

O que são terapias ablativas?

As terapias ablativas são procedimentos minimamente invasivos que destroem o tumor renal sem a necessidade de cirurgia aberta. Elas utilizam diferentes fontes de energia para destruir as células cancerígenas, preservando o máximo possível do tecido renal saudável.

Tipos de terapias ablativas para câncer renal:

Ablação por Radiofrequência (ARF) :
A ARF utiliza ondas de radiofrequência para gerar calor intenso no local do tumor, destruindo as células cancerígenas.
•    Como funciona:
Uma agulha fina é inserida no tumor renal. A radiofrequência aquece o tecido até temperaturas de 60–100°C, causando necrose do tumor.

Crioablação :
Essa técnica utiliza temperaturas extremamente baixas para congelar e destruir o tecido tumoral.
•    Como funciona:
Uma sonda é posicionada no tumor renal, e gases são usados para criar ciclos de congelamento e descongelamento, matando as células tumorais.

Terapia com Micro-ondas (MWA)
A ablação por micro-ondas é semelhante à radiofrequência, mas utiliza ondas eletromagnéticas para gerar calor e destruir o tumor.

Quem pode se beneficiar das terapias ablativas?

Essas terapias são indicadas principalmente para:
•    Pacientes com tumores renais pequenos (até 4 cm ).
•    Aqueles que têm alto risco cirúrgico devido a comorbidades, como problemas cardíacos ou pulmonares.
•    Pacientes que não podem passar por nefrectomia parcial (cirurgia para remover parte do rim).

Vantagens das terapias ablativas
•    Minimamente invasivas: Procedimentos feitos com pequenas agulhas, sem cortes extensos.
•    Preservação do tecido renal saudável: Reduz o impacto na função renal.
•    Recuperação rápida: Geralmente, o paciente retorna às atividades normais em poucos dias.
•    Baixo risco de complicações: Menor incidência de sangramentos, infecções e dor pós-operatória.
•    Realizadas sob anestesia geral ou sedação leve

Limitações e desvantagens

Apesar de suas vantagens, as terapias ablativas têm algumas limitações:
•    Não são indicadas para tumores grandes ou disseminados.
•    Existe o risco de recorrência local do tumor, sendo necessário acompanhamento rigoroso.
•    Requerem equipamentos especializados e médicos experientes na técnica

Conclusão

As terapias ablativas representam uma alternativa eficaz e menos invasiva para o tratamento do câncer renal em estágios iniciais, especialmente para pacientes que não são candidatos à cirurgia tradicional. Com avanços constantes na tecnologia, essas técnicas estão se tornando cada vez mais seguras e acessíveis.