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Adjuvância no Câncer Renal: Evidências do Estudo KEYNOTE-564 com Pembrolizumabe

A adjuvância no câncer renal de alto risco passou por uma transformação significativa com a introdução da imunoterapia. O estudo KEYNOTE-564, que investigou o uso de pembrolizumabe adjuvante, representa um marco na abordagem pós-operatória de pacientes com carcinoma de células renais (CCR).


O que é terapia adjuvante no câncer renal?


A terapia adjuvante consiste em tratamento administrado após a cirurgia, com o objetivo de reduzir o risco de recorrência e aumentar a sobrevida a longo prazo.

No CCR, especialmente nos casos localmente avançados, a chance de recidiva pode ser alta mesmo após nefrectomia curativa.


Histórico da adjuvância no carcinoma de células renais


Tentativas anteriores com inibidores de tirosina quinase (TKIs) não mostraram benefício clínico claro e apresentaram significativa toxicidade. Com a evolução dos inibidores de checkpoint imunológico, uma nova possibilidade emergiu para pacientes de alto risco.

Estudo KEYNOTE-564: desenho e população-alvo


Estrutura do estudo :
•    Ensaio clínico fase III, randomizado, duplo-cego.
•    Avaliação de pembrolizumabe 200 mg a cada 3 semanas por 1 ano, comparado ao placebo.
•    População: pacientes com CCR de células claras (ou predominância clara), estádio pT2 de alto grau, pT3, pT4 ,com ou sem acometimento linfonodal ou com metástase ressecada.


Desfechos
•    Primário: Sobrevida livre de doença (DFS).
•    Secundários: Sobrevida global (OS), eventos adversos e segurança.

 

Resultados do KEYNOTE-564: Impacto clínico

Sobrevida livre de doença (DFS)
•    HR = 0,68 (IC 95%: 0,53–0,87; p = 0,0010)
•    DFS em 57,2 meses:
o    Pembrolizumabe: 64,9%
o    Placebo: 56,6%

Sobrevida global (OS)
•    HR = 0,62 ( IC 95%: 0.44- 0.87; p = .002)

•    DFS em 57,2 meses:
o    Pembrolizumabe: 91,2%
o    Placebo: 86% 

Segurança : 
•    Eventos adversos grau ≥3 ocorreram em 32,4% no grupo pembrolizumabe, comparado a 17,7% no placebo.
•    Perfil de toxicidade consistente com o uso de imunoterapia.

Aprovação e aplicação clínica 


Com base nos resultados do KEYNOTE-564, o pembrolizumabe recebeu aprovação para uso adjuvante no CCR de alto risco por agências como FDA, EMA e Anvisa.


Considerações para a prática clínica :
•    Seleção criteriosa dos pacientes.
•    Discussão sobre custo-benefício e toxicidade.

Conclusão


A adjuvância com pembrolizumabe representa um avanço importante no manejo do câncer renal de alto risco. O estudo KEYNOTE-564 oferece evidências robustas para uma nova abordagem terapêutica, trazendo esperança de reduzir a recorrência em uma população que antes contava apenas com vigilância ativa.
É um marco na uro-oncologia — mas como todo tratamento oncológico, deve ser individualizado e cuidadosamente indicado.

 


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Dr. Alexandre Sato

Médico Urologista em São Paulo - SP

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