Cirurgia Percutânea vs. Ureteroscopia a Laser: Entenda quando cada método é o ideal para eliminar suas pedras nos rins

Dr. Alexandre Sato 12 Dezembro

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Médico Especialista

Se você recebeu o diagnóstico de cálculos renais que precisam de intervenção cirúrgica, provavelmente já ouviu falar em nomes complicados como "percutânea" ou "ureterorrenolitotripsia flexível".

É comum que pacientes cheguem ao consultório querendo "a cirurgia a laser, sem cortes", imaginando que ela serve para todos. Mas a medicina não funciona assim. Embora o laser seja uma ferramenta fantástica, ele não é a solução única para todos os tipos de pedras.

Hoje, vou explicar as duas principais técnicas minimamente invasivas que utilizamos e o "pulo do gato" para decidir entre uma e outra: o tamanho da pedra.

1. Ureteroscopia Flexível a Laser: A precisão sem cortes

Esta é a famosa "cirurgia a laser". Nela, não fazemos nenhum corte na pele. Entramos com uma microcâmera (ureteroscópio) pelo canal da urina (uretra), passamos pela bexiga e subimos até o rim.

Lá dentro, usamos uma fibra de laser para pulverizar a pedra em poeira ou quebrá-la em fragmentos minúsculos que são retirados com uma cestinha.

• A Melhor Indicação: Cálculos pequenos e médios (geralmente até 2,0 cm) e de dureza moderada.
• Vantagem: Alta rápida (geralmente no mesmo dia ou dia seguinte) e sem cicatrizes externas.
• Limitação: Se a pedra for muito grande, o laser demoraria horas para quebrá-la, aumentando o risco de infecção e lesão no rim.

2. Nefrolitotripsia Percutânea (NLP): A solução para grandes volumes

A NLP é a artilharia pesada da endourologia. Indicada para casos mais complexos, ela envolve uma pequena incisão (cerca de 1 cm) nas costas do paciente. Através desse pequeno furo, criamos um túnel direto até o rim, permitindo a entrada de equipamentos mais robustos que quebram e aspiram a pedra simultaneamente.

• A Melhor Indicação: Cálculos grandes (maiores que 2,0 cm), pedras muito duras ou cálculos coraliformes (que ocupam grande parte do rim).
• Vantagem: Capacidade de limpar grandes volumes de pedra em uma única cirurgia. Tentar tratar uma pedra de 3 ou 4 cm com ureteroscopia flexível muitas vezes exige 2 ou 3 cirurgias, enquanto a percutânea resolve de uma vez.
• Recuperação: Exige internação um pouco maior (2 a 3 dias) e cuidados com o curativo nas costas.

Conclusão

A tecnologia a laser evoluiu muito, mas a escolha da técnica errada pode levar a cirurgias incompletas e frustração.

Se você tem uma pedra de 3cm, por exemplo, insistir na "cirurgia sem cortes" (Flexível) pode significar múltiplas anestesias e meses de tratamento. Nesse caso, a Percutânea, mesmo tendo um pequeno corte, é muito mais eficiente e resolutiva.

O segredo do sucesso é a individualização: o melhor método é aquele que limpa o seu rim com o menor número de procedimentos e a maior segurança possível.

Você tem um cálculo renal e está em dúvida sobre qual cirurgia é a mais indicada para o seu caso? Não tome essa decisão sozinho. Uma avaliação precisa da tomografia é essencial para definir a estratégia cirúrgica que trará o melhor resultado e a recuperação mais rápida.

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Sobre o Especialista

Dr. Alexandre Sato | Cirurgião Urologista | Especialista em Endourologia e Cálculos Renais | CRM 146.210 

Com ampla experiência em cirurgias minimamente invasivas de alta complexidade, o Dr. Alexandre dedica sua prática ao tratamento avançado da litíase urinária. É expert tanto em Ureterorrenolitotripsia Flexível quanto em Nefrolitotripsia Percutânea, dominando as tecnologias mais modernas para oferecer a cada paciente a solução exata para o seu problema — sem tratamentos desnecessários, com foco na resolução definitiva e segurança.