O que é PI-RADS 3? Significado e importância clínica
A classificação PI-RADS (Prostate Imaging Reporting and Data System) padroniza a interpretação da ressonância magnética multiparamétrica da próstata. O escore vai de 1 a 5 — sendo 3 o valor intermediário, também chamado de “indeterminado”.
Isso significa que existe uma chance de câncer clinicamente significativo, mas não clara o suficiente para afirmar com segurança nem para descartar.
Na prática, PI-RADS 3 não é um alarme, mas também não deve ser ignorado.
Quais são os riscos de câncer em PI-RADS 3?
Estudos recentes mostram que:
- A taxa de câncer clinicamente significativo em PI-RADS 3 varia de 12% a 20%.
- O risco aumenta quando o paciente tem PSA elevado, densidade do PSA > 0,15, história familiar ou prostata muito aumentada.
- O risco é menor em pacientes jovens, com PSA baixo e sem outros fatores associados.
Ou seja: não é um diagnóstico, é um convite para uma avaliação mais detalhada.
Quando indicar biópsia em PI-RADS 3?
A indicação depende de uma análise combinada:
1. Densidade do PSA
É o fator mais determinante.
PSA density > 0,15: considera-se biópsia.
PSA density < 0,15: geralmente é seguro observar.
2. Idade e expectativa de vida
Pacientes jovens tendem a se beneficiar mais de investigar precocemente.
3. Histórico familiar ou ancestralidade de risco
Aumenta a probabilidade de câncer significativo.
4. Tamanho da lesão
Lesões menores (< 1,5 cm) têm risco mais baixo.
5. Evolução no PSA ou em exames anteriores
Aumento progressivo pode justificar abordagem mais ativa.
Conduta mais comum para PI-RADS 3 :
- Repetir PSA a cada 3–6 meses
- Calcular densidade do PSA
- Acompanhar ressonância com intervalo de 6–12 meses
- Indicar biópsia somente se houver fatores de risco adicionais
A decisão é personalizada — o objetivo é evitar biópsias desnecessárias sem deixar passar tumores relevantes.
O que conversar com o paciente?
PI-RADS 3 não significa câncer, mas exige atenção.
O risco existe, porém é moderado.
A melhor decisão leva em conta PSA, idade, histórico familiar e densidade do PSA.
Na maioria dos casos, a conduta inicial é observação.
Conclusão
PI-RADS 3 é uma zona cinzenta da ressonância da próstata, mas com avaliação adequada é possível distinguir quem precisa de biópsia de quem pode apenas acompanhar. O mais importante é individualizar a conduta e usar critérios objetivos para garantir segurança.
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Sou Dr. Alexandre Sato, urologista com experiência em diagnóstico avançado de câncer de próstata, cirurgia robótica e manejo de exames complexos como PI-RADS 3. Atuo diariamente na análise de ressonâncias multiparamétricas, tomada de decisão clínica e acompanhamento de casos de alto risco — sempre com abordagem clara, individualizada e baseada nas melhores evidências científicas.
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Dr. Alexandre Sato
Médico Urologista em São Paulo - SP
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