Câncer de Rim no ESMO 2025: O Que Mudou com os Estudos RAMPART e LenCabo?

Dr. Alexandre Sato 24 Novembro

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Médico Especialista

O Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) é, anualmente, um dos palcos mais importantes do mundo para a apresentação de novidades que mudam a prática clínica. Em 2025, a Uro-oncologia teve destaque especial, com atualizações cruciais no manejo do Câncer de Rim (Carcinoma de Células Renais).

Para médicos e pacientes que buscam as melhores estratégias de tratamento, compreender os dados apresentados é fundamental. Hoje, vou destacar dois pontos altos do congresso: o estudo RAMPART e as atualizações sobre o uso de inibidores de tirosina quinase, especificamente nas discussões envolvendo Lenvatinibe e Cabozantinibe (LenCabo).

O Estudo RAMPART: Uma Nova Era na Adjuvância?

Um dos grandes desafios no câncer renal localizado de alto risco é evitar que a doença volte após a cirurgia (nefrectomia). É aqui que entra o conceito de terapia adjuvante — um tratamento preventivo pós-cirúrgico.

O estudo RAMPART (Renal Adjuvant Multi-Arm Platform Trial) foi um dos mais aguardados do ano. Ele avaliou o papel da imunoterapia moderna em pacientes que já operaram o rim, mas possuem risco de recidiva.

Os principais destaques incluem:

Combinação de Imunoterápicos: O estudo investigou não apenas o uso de um agente isolado, mas também o potencial de combinações de inibidores de checkpoint (como Durvalumab e Tremelimumab) comparado à observação ativa.

• Resultados de Sobrevida: Os dados apresentados no ESMO 2025 trouxeram novas perspectivas sobre a Sobrevida Livre de Doença (o tempo que o paciente vive sem o retorno do câncer), ajudando a definir quais pacientes realmente se beneficiam de tratamento sistêmico após a cirurgia e quais podem ser apenas observados.

LenCabo: A Batalha dos TKIs na Doença Avançada

Quando falamos de doença metastática ou avançada, os Inibidores de Tirosina Quinase (TKIs) são a espinha dorsal do tratamento, muitas vezes combinados com imunoterapia.

No ESMO 2025, as discussões apelidadas de "LenCabo" trouxeram luz sobre o sequenciamento e a escolha entre dois dos medicamentos orais mais potentes disponíveis hoje: o Lenvatinibe e o Cabozantinibe.

O que os dados sugerem?

• Eficácia em Linhas Posteriores: Para pacientes que já falharam a uma primeira linha de tratamento (geralmente com imunoterapia), a escolha do TKI subsequente é crítica. Os dados comparativos ajudam a personalizar a escolha baseada no perfil de toxicidade e na agressividade do tumor.
• Controle de Doença: Ambos os fármacos demonstram altas taxas de controle da doença, mas o congresso deste ano refinou o entendimento sobre qual perfil de paciente responde melhor a cada molécula, visando não apenas viver mais, mas viver com qualidade.

O Futuro é Personalizado

A grande mensagem do ESMO 2025 para o câncer de rim é a personalização. Não existe mais uma "receita de bolo" única. Seja na decisão de tratar após a cirurgia (RAMPART) ou na escolha da melhor droga para doença avançada (LenCabo), a medicina de precisão se faz cada vez mais presente.

Como especialista, meu papel é interpretar esses dados complexos e traduzi-los em decisões seguras e otimizadas para cada paciente no consultório.

Gostou dessa atualização? A oncologia evolui rápido, e ter acesso ao tratamento mais moderno faz toda a diferença no prognóstico. Se você tem dúvidas sobre o tratamento do câncer renal ou quer uma segunda opinião baseada nas evidências mais recentes do ESMO 2025, agende uma consulta.

Agende sua consulta: https://www.doctoralia.com.br/z/oVAxub

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4. Descrição do Autor 
Sobre o Dr. Alexandre Sato

Médico Urologista especializado em Uro-oncologia e Cirurgia Robótica. Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e membro internacional da American Urological Association (AUA).

Dedicado ao tratamento avançado de tumores urológicos (Rim, Próstata e Bexiga), o Dr. Alexandre baseia sua prática clínica nas mais recentes evidências científicas globais, como as diretrizes do ESMO e NCCN, oferecendo aos pacientes acesso a técnicas cirúrgicas minimamente invasivas e terapias medicamentosas de ponta.